terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Silêncio




Quando falo aos catequizandos sobre a celebração Eucarística (MISSA) enfatizo que a celebração começa no ato de decidir-se ir a Missa, escolhemos a roupa, tomamos um banho nos arrumamos e nos pomos a caminho da Igreja, é o inicio da procissão de entrada onde os fiéis, unidos pelo mesmo objetivo, se colocam em procissão e chegando a Igreja tomam seu lugar na assembléia. Durante esta procissão o que pensamos? o que fazemos? Refletimos sobre nossa semana, nossa faltas, nossas boas ações, nossas graças alcançadas, nossos pedidos e agradecimentos, em interceder pelos nossos mortos, em interceder pelos vivos necessitados, Etc... Em resumo nos preparamos para bem celebrar a Eucaristia como participante ativo não meros espectadores. Como exercer esta tão profunda interiorização sem a pratica do Silêncio? Imaginem refletir profundamente todas estas coisas em uma animada roda de conversa. Impossível!
Para que toda a preparação que fazemos para participar da Missa tenha sucesso é necessária nossa participação ativa, que se faz através de todos os sentidos do ser humano. Realiza-se pelos olhos, pelos ouvidos, pela boca, o paladar, o olfato, o tato, a ação, o movimento e pelo silêncio.
O silêncio é tão importante nas celebrações Eucarísticas que está inserido com insistência na Introdução Geral ao Missal Romano, sobretudo após as leituras e após a homilia (cf. IGMR n. 56 e 136). O nº 45 da IGMR nos diz:

“O silêncio
45. Oportunamente, como parte da celebração deve-se observar o silêncio sagrado. A sua natureza depende do momento em que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à oração, cada fiel se recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a comunhão, enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração.
Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares mais próximos, para que todos se disponham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios.”

Geralmente nos momentos de interiorização em que o silêncio é requerido, a equipe de Musica executa um canto que nos ajuda nessa tarefa, infelizmente o que vemos ao invés do requerido silêncio é um burburinho de conversa que compete com o canto para se fazer entender pelo vizinho do banco, o mesmo vemos, ou melhor, ouvimos durante a homilia. Imaginemos a seguinte cena: Três amigos lhe fazem uma visita e após um breve oi se sentam em seu sofá e começam a conversar excluindo você da conversa sem lhe dar atenção ou ouvir o que você fala, literalmente ignorando-o em sua própria casa. Como você se sentiria?
Devemos estar integrados na celebração dando o devido respeito a Cristo, seu representante, o Padre, bem como a todos os fiéis que estão na assembléia para participar da Ceia Eucarística.



Diác. Adriano T. Gomes

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