Quando purificamos o cálice, ao termino do rito da comunhão, recitamos a seguinte oração em silêncio; "Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno".
Penso muito nesta oração quando saio da missa e vou para o mundo com a missão de levar a todos o que recebemos gratuitamente de Deus.
...Conservar num coração puro o que nossa boca recebeu... Quantas vezes nossa boca se torna causa de um coração impuro em nossas vidas? Quantas atitudes, até mesmo na porta da Igreja ao termino da Sagrada celebração da Santa ceia, nossas atitudes e omissões vão contra o que professamos e agridem o que trazemos em nossos corações após a comunhão?
O mundo precisa de remédio, não de veneno ou pragas. Precisamos fazer de nossa dádiva um verdadeiro remédio, conservando nossos corações puros e sendo capazes de distribuir o remédio que recebemos. Ser capazes de servir e amar sem condições ou até mesmo razão, amar como Deus nos ama, como Cristo nos ensinou a amar, servir e se sacrificar é parte do caminho, carregar nossas cruzes, mas nunca parar e olhar para traz, sempre caminhar em frente em direção a Graça de Deus. Que possamos conservar em um coração puro a Dádiva que nossa boca, ouvidos e sentidos receberam de Cristo Jesus, doando-se como ele ao próximo, amando mesmo aqueles que nos ferem. Mostrando a outra face, não a face humana, mas a Divina que Cristo nos empresta.
Diác. Adriano Gomes
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