“Somente
as Virtudes – com a graça de Deus – tem a “força”, o “poder”, a “capacidade” de
ordenar e governar a nossa conduta, sem desvios nem desastres.”
(Faus, Francisco. A CONQUISTA DAS VIRTUDES,
Editora Cléofas).
O Catecismo nos lembra que as virtudes
regulam nossos atos, ordena nossas paixões e nos guia segundo a razão (sim,
sempre) e a Fé (incontestável).
Observando a sociedade hoje, onde diversos
comportamentos extremados se dão, ficamos nos questionando o porquê. Uma boa
parcela dessa sociedade pode, com certeza, afirmar que falta nos dias de hoje
conceitos, limites, noções de moral que se perderam no caminho. Eu, com frequência,
tenho apontado a visível ausência de uma educação familiar como causa
primordial, mas também me questiono se na verdade há essa educação, porém sem
os parâmetros e fundamentos que vivenciei na minha família, dai não só a possível
ausência da educação Familiar, mas potencialmente a ausência de parâmetros e
fundamentos nessa educação. Pior que não haver uma família para dar a educação,
grande mal que vivenciamos na realidade de hoje com a degradação da família,
pior é a educação familiar por indivíduos que na intenção de prover essa
educação, a provem de forma deficitária, desordenada e, até, corrompida.
Lendo sobre a Conquista das Virtudes,
recomendação do Diretor espiritual dos Diáconos do Vicariato Alcântara, Pe.
Daniel Uberti, percebi que nossas vidas tem grande necessidade das “VIRTUDES”
para ter um direcionamento alinhado com os costumes (do latin “mores”),
comportamentos habituais, a boa e velha, não ultrapassada ou invalida, MORAL.
As virtudes ao contrário do que se pensa não são definidas ao bel prazer do indivíduo,
muito menos são propriedade dele, que pode ser moldada e adaptada de acordo com
seu modo de vida. Há dois grupos de virtudes fundamentais As Cardeais (humanas),
também chamadas de morais e as sobrenaturais, chamadas Teologais. As Teologais,
por serem sobrenaturais, são dons de Deus concedidos a nós (fé, esperança e
caridade) sem as quais não conseguimos adquirir, isso mesmo adquirir, e
cultivar as Virtudes Cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
As virtudes humanas são adquiridas, e
adquirir essas virtudes transcende o querer ou o poder, é algo que conquistamos
sem querer conquistar. Adquirimos as virtudes, não como perfumaria
comportamental ou realização pessoal, as virtudes não são vitrines da vaidade
pessoal ou componentes curricular. As virtudes humanas são, conforme nos diz o
CIC no n. 1804, atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência
e da vontade.
Os males do mundo só tem uma cura, o retorno
da educação familiar, a educação verdadeira que prove as ferramentas para o indivíduo
adquirir durante sua vida As virtudes necessárias para compreender e caminhar
no mundo, enquanto aguardamos o termino dessa passagem temporária que nos conduz
até o limiar do caminho, onde deparamos com a definitiva conclusão, eterno
vazio ou plenitude da Alegria. Abraçar e aderir as Virtudes Teologais nos
auxilia a adquirir as Virtude humanas que nos garantem caminhar com eficiência,
sendo nesse caminho a presença de Nosso Senhor na vida dos que passam por nós e
caminham conosco, em especial de nossa família, a quem devemos proporcionar o
ambiente necessário para fomentar as Virtudes e a aquisição delas por parte de
nossos filhos e filhas. Resgatar em nossos corações as Virtudes Teologais,
abraçar definitivamente a Família, núcleo fundamental da Vida, da Sociedade, da
Igreja, de tudo que somos e temos potencial de ser, proporcionar terreno fértil
para o cultivo das Virtudes. Sejamos agentes da mudança que tanto queremos.
Diác. Adriano Gomes.
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