terça-feira, 4 de setembro de 2018

Eleições 2018

Nosso sistema político está eivado pelo egoísmo dos interesses unicamente pessoais, deixando a real função de um eleito, (representar seus eleitores e resguardar seus direitos, até mesmo deles próprios) em um plano distante de prioridade e objetivo. Legislar em causa própria, garantir seu próprio futuro, em detrimento dos que lhe confiaram realizar isso por eles.
Mas vamos refletir, não é o que constatamos no dia a dia da sociedade? Um preocupar-se com o imediatismo de seus interesses pessoais, sem se preocupar com as consequências de realizar-se? "Quero facilidade, mesmo que em detrimento do direito do próximo".
Quando você (nós) priorizamos o bem estar, a necessidade do outro, deixando a nós em segundo lugar? Coisas básicas e sem "importância" como;
- Chegar no ponto de ônibus e correr para ser o primeiro a embarcar, desconsiderando todos que já estavam ali a espera, deixando aquela senhora, mais vivida e sem condições plenas de locomoção sem um assento. E pior não lhe cedendo o próprio lugar.
- um trânsito congestionado, o melhor dos seres humanos condutor do melhor veículo, adentra ao acostamento, fazendo desta faixa de segurança e recuo uma nova faixa de rolagem, e mais a frente, exige seu "direito" de retornar a via sem sequer acionar a "seta" causando uma maior lentidão e até acidentes.
Muitos seriam os exemplos que poderia elencar aqui, e sabemos muito bem.
Se queremos, precisamos, mudar a mentalidade de nossos políticos, é mudando nossas atividades e pensamentos que iniciamos essa mudança.
Não se deixem enganar por promessas vazias, inviáveis sócio/econômica/politicamente. O candidato que precisamos não é o que diz o que queremos ouvir (faz o que quer), mas o que fará o que é necessário para reestabelecer nossa dignidade, e dignidade não é a da esmola, é condições de realizar nossas conquistas pessoais. Lembrar que essas conquistas pessoais só se concretizam e consolidam se a conquista coletiva vier em primeiro.
Como no âmbito familiar, a recuperação do âmbito público requer sacrifícios, apertos (ou acharam que toda fartura seria permanente?). Quando a água de um poço começa a secar é necessário deixar de retirar a água de forma descriminada e permitir que o mesmo se reestabeleça, caso contrário seca definitivamente.
A crise que vivemos não se encerra com promessas, mas com ações, e tenham certeza o remédio a ser aplicado é amargo, nenhum político de carreira está disposto a aplicar o remédio que o deixará "morto" politicamente, cabe a nós termos consciência disso e repensar nossas opções de voto. Evitar os de carreira que sempre apresentam realizações populistas, porém sem capacidade real de atender plena e definitivamente as necessidades, meras maquiagens que se desfazem facilmente ao defrontar a verdade do que vivemos.

Diác. Adriano Gomes