Não há ser humano perfeito, ninguém é inteiramente bom tão pouco inteiramente mau. A religião não surge para os perfeitos, pois se existisse tais indivíduos não precisariam de religião. Na história religiosa da humanidade apenas Maria nasceu sem o pecado original, e o fruto de seu ventre é concebido sem pecados.
A conversão de um indivíduo à alguma fé se inicia quando a
problemática do dicernimento entre certo e errado é vencida, quando deixamos de
julgar o que vem a ser certo ou errado e passamos a admitir o que é certo e
errado, isto é, quando deixamos de nos achar certos mesmo estando no mais
profundo dos erros. Quando atingimos o nível de liberdade que nos permite
admitir estarmos errados por mais que doa essa ação, e iniciamos um caminho de
correção iniciamos nossa conversão, se converter e professar uma fé não nos
torna automaticamente santos e corretos, mas alguém que está no caminho em
direção a santidade buscando ser correto o mais possivel. A santidade é
possivel, mas é necessário alcançar a liberdade plena e se pôr a caminho. Ser
alguém convertido e ter uma fé não nos dá atestado de caráter e santidade, mas
dá a visão de que iniciamos a busca do caminho que nos leva a isso.
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