É muito bonito quando olhamos para nossa vida anterior e reconhecemos que ela ainda faz parte de quem somos. Ela está ali, presente na memória, na formação do nosso caráter, nas experiências que vivemos. No entanto, agora, à luz da fé, percebemos que não somos mais definidos por ela. A fé nos transforma, mas não nos anula.
Não é sobre se anular.
É sobre ser quem você é,
transformado pelo amor.
Ser de Deus não é escravidão,
é liberdade com identidade.
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou.”
(Gálatas 5,1)
Eu sou profundamente incentivador de sermos verdadeiramente quem somos — com nossa história, personalidade, dons e até mesmo nossas fragilidades. Servir a Deus não significa apagar a nossa identidade ou fingir ser alguém que não somos. Pelo contrário, Deus nos chama justamente como somos, e é em nossa autenticidade que Ele opera.
Anular-se completamente não é um ato de santidade, é um ato de escravidão — e Cristo não nos chama para a escravidão, mas para a liberdade. Como está escrito: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou" (Gálatas 5,1). Ele nos convida a segui-Lo em liberdade, conscientes de que a transformação que vivemos não destrói quem somos, mas nos aperfeiçoa, nos eleva, nos purifica.
Servir a Cristo é viver a verdade mais profunda de nós mesmos, libertos das amarras do pecado, mas plenos de sentido, de identidade e de propósito. Em Cristo, encontramos a liberdade de sermos aquilo que fomos criados para ser.
Diác. Adriano Gomes
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